18.9 C
Campinas
domingo, agosto 24, 2025

Rotina dos médicos da Prevent Senior: Coerção, ameaças, cobaias humanas e fraudes

Data:

A advogada dos médicos disse aos senadores que a Prevent Senior e pessoas que integravam o chamado gabinete paralelo do governo federal fizeram um “pacto” pró-hidroxicloroquina, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), para evitar  medidas de restrição social pelo país durante a fase mais crítica da pandemia.

 

 

A Prevent Senior obrigou os médicos a receitar remédios comprovadamente ineficazes contra a Covid-19, quem se recusava a adotar o chamado “tratamento precoce” era demitido, os pacientes e familiares não eram informados sobre o procedimento, os profissionais de saúde foram obrigados pela empresa a trabalhar mesmo depois de terem testado positivo para o novo coronavirus e atestados médicos foram fraudados.

Essas denúncias sobre coerção, uso de cobaias humanas e fraudes foram confirmadas nesta terça-feira (28) à CPI da Covid do Senado pela advogada Bruna Morato, que representa os 13 médicos que denunciaram a operadora.

“Os plantonistas entregavam o kit Covid e falavam para os pacientes: ‘Se eu não te entregar, eu posso ser demitido’. Os médicos até recomendavam as vitaminas, mas os outros medicamentos, além de não terem eficácia, eles são muito perigosos para aquele público”, disse a advogada dos médicos que fizeram um dossiê com as práticas que a Prevent Senior adotou na pandemia.

De acordo com a advogada, ao contrário do que disse o diretor-executivo da operadora de Saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, também em depoimento a CPI, a autonomia dos médicos não foi respeitada.

“Os médicos eram obrigados a prescrever o kit, ele vinha lacrado e fechado, tirando a autonomia do médico de tirar algum medicamento do kit. O paciente ainda recebia o kit com manual de instruções”, afirmou Bruna Moratto aos senadores.

A advogada também desmentiu afirmação de Batista Júnior à CPI de que os pacientes ou familiares eram consultados sobre a medicação ineficaz.

“Os pacientes davam o ok sobre o tratamento, mas não sabiam que seriam cobaias. Eles só sabiam que receberiam algum medicamento, mas o hospital não detalhava os riscos. Quando os pacientes retiravam os medicamentos ainda no hospital, eles assinavam um documento sem saber que era um termo de consentimento, pois era um termo era genérico”, afirmou Bruna.

A advogada negou que os profissionais tenham alterado uma tabela com número de óbitos por Covid-19 entre os que foram incluídos em um estudo realizado em um hospital da rede, como disse o  diretor-executivo da Prevent Senior.

“O Dr. Pedro Batista também fez uma informação, prestou uma informação um tanto quanto equivocada com relação aos nomes que foram divulgados. Eu disponibilizei a tabela com o nome dos participantes e fiz a verificação de cada um dos óbitos. As nove pessoas que estavam na tabela continuam falecidas”.

 

Gabinete paralelo

A advogada dos médicos disse aos senadores que a Prevent Senior e pessoas que integravam o chamado gabinete paralelo do governo federal fizeram um “pacto” pró-hidroxicloroquina, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), para evitar  medidas de restrição social pelo país durante a fase mais crítica da pandemia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe esse Artigo:

spot_imgspot_img

Últimas Notícias

Artigos Relacionados
Relacionados

Lula lidera com folga todos os cenários de 1º e 2º turno para 2026, aponta pesquisa Quaest

Presidente abre vantagem sobre Tarcísio e outros oito adversários;...

Centrão busca alternativas enquanto Bolsonaro perde força política

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil)...

Moraes pressiona e pede a Zanin data para julgamento de Bolsonaro e núcleo golpista no STF

Ministro quer que ação contra ex-presidente e aliados próximos...

Silas Malafaia é investigado pela PF em inquérito que envolve Bolsonaro e aliados

Pastor nega acusações e afirma que apuração é motivada...
Jornal Local
Política de Privacidade

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) já está em vigor no Brasil. Além de definir regras e deveres para quem usa dados pessoais, a LGPD também provê novos direitos para você, titular de dados pessoais.

O Blog Jornalocal tem o compromisso com a transparência, a privacidade e a segurança dos dados de seus clientes durante todo o processo de interação com nosso site.

Os dados cadastrais dos clientes não são divulgados para terceiros, exceto quando necessários para o processo de entrega, para cobrança ou participação em promoções solicitadas pelos clientes. Seus dados pessoais são peça fundamental para que o pedido chegue em segurança na sua casa, de acordo com o prazo de entrega estipulado.

O Blog Jornalocal usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Confira nossa política de privacidade: https://jornalocal.com.br/termos/#privacidade