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NÚMERO DE MÃES COM MAIS DE 35 ANOS

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Os dados são apontados pela Fundação Seade. De acordo com dr. Leopoldo Tso – um dos médicos do Projeto Beta – cada vez mais as mulheres desta faixa etária têm postergado a gravidez pelos mais variados motivos, o que pode diminuir as chances de obter uma gestação.

Segundo dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), no Estado de São Paulo, em um período de 10 anos (1995-2005), houve um aumento de 2,3% em relação ao número de filhos (nascidos vivos) de mães dos 35 aos 39 anos. Ou seja, em 1995, de um total de 680.643 bebês (de mães de todas as idades), 44.891 foram de mães desta faixa etária, o que representa 6,6%. Já em 2005, o número de nascidos caiu para 619.137, porém, mais mulheres dos 35 aos 39 anos obtiveram gestação e o número de bebês aumentou para 55.152 (8,9%). Os dados mostram que, cada vez mais, as mulheres adiam o sonho de ser mãe, pelos mais variados motivos como estabilidade financeira e viagens dos sonhos. É o que afirma dr. Leopoldo Tso, especialista em reprodução humana e um dos médicos do Projeto Beta – Medicina Reprodutiva com Responsabilidade Social.
Segundo o especialista, o problema é que, postergando a gravidez, nem sempre este sonho pode ser realizado, devido aos agravantes que podem acontecer, após os 35 anos. “Os estudos mostram que as chances de gestação diminuem com a idade, em decorrência de vários problemas ginecológicos como cistos, miomas, infecções e endometriose, além da diminuição da reserva e da qualidade dos óvulos, fatores estes decorrentes da idade avançada. Evidentemente que, cada mulher, com seu livre arbítrio, tem sua razão individual para adiar a gravidez, mas é preciso levar em conta as complicações decorrentes do tempo”, afirma. A idade avançada é uma das causas da infertilidade e, neste caso, a saída acaba sendo a procura por tratamentos da medicina reprodutiva. “Vale lembrar que a mesma ciência que contribuiu de modo fundamental e eficaz no controle da fertilidade ainda não oferece as mesmas chances no tratamento da infertilidade”, ressalta.
De acordo com dr. Leopoldo, é melhor prevenir do que remediar. “A idade ideal para se ter um filho, com mais facilidade de se conseguir a gestação e menores chances de complicações, é no final da adolescência, porém isto nem sempre é o ideal ou possível naquele momento da vida da mulher”, relata. No entanto, para garantir que a gestação ocorra com maior facilidade e menores chances de complicações, o médico alerta que o ideal é engravidar antes dos 35 anos de idade. “Para isso, é necessário planejamento: se o casal tem como objetivo constituir família com filhos, deve-se priorizar este projeto a fim de evitar problemas futuros, e não deixá-lo por último. A opção por atrasar a chegada do bebê pode ser irreversível”, finaliza.

Sobre o Projeto Beta

O Projeto Beta é o primeiro centro especializado em medicina reprodutiva privado a tratar a infertilidade com responsabilidade social. O objetivo é oferecer soluções para problemas de fertilidade aos cerca de 15% dos casais que enfrentam dificuldades em obter gestação. “É uma iniciativa de um grupo de médicos frustrados com o abandono de tratamentos, por parte de vários casais, devido à falta de condição financeira, além das dificuldades encontradas no sistema público de saúde”, afirma um dos diretores do Projeto, dr. Newton Eduardo Busso. O grupo colocou o seu laboratório particular (Alfa – Aliança de Laboratórios da Fertilização Assistida) para atender os casais com dificuldades econômicas, sendo a triagem feita por uma assistente social, que adapta o custo do tratamento à possibilidade de cada casal.
Busca oferecer excelência no atendimento a casais inférteis e encontrar uma solução eficaz para o problema específico de cada um, utilizando estratégias que facilitem o acesso a tratamentos de infertilidade. É formado por uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais, entre eles ginecologistas, urologistas, enfermeiros, biólogos e embriologistas, e liderado pelos médicos: Elvio Tognotti (médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Jonathas Borges Soares (membro da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida); Nelson Antunes Junior (responsável pelo departamento de reprodução humana da Faculdade de Medicina do ABC); Newton Eduardo Busso (professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa); e Sidney Glina (presidente da Sociedade Brasileira de Urologia).
Idealizado no fim de 2004, o Projeto Beta contou com seus primeiros atendimentos e procedimentos, em janeiro de 2005. Até hoje, cerca de 500 pessoas já passaram por consultas. De acordo com dr. Jonathas Borges Soares – também um dos diretores do Projeto -, 30% dos tratamentos realizados, até hoje, obtiveram sucesso. “O resultado está dentro das nossas expectativas”, finaliza.

Palestras gratuitas

O Projeto realiza palestras gratuitas com o objetivo de orientar os casais sobre os tipos de tratamentos oferecidos, além de esclarecer dúvidas sobre os problemas de fertilidade. Logo em seguida, são agendadas consultas com especialistas, que detectam os tipos de tratamentos para os casos. Das consultas, os pacientes são encaminhados à assistente social. Nesta etapa, é realizado estudo para a adequação do custo do tratamento ao perfil sócio-econômico dos casais. Até hoje, cerca de 2 mil pessoas já marcaram presença. “As palestras são realizadas em São Paulo, uma vez por mês, mas, em virtude de inúmeros casais de fora estarem participando, estamos estudando a possibilidade de levá-las a outras cidades”, afirma dr. Newton.
O local das palestras é a avenida Angélica, 688 – auditório do primeiro andar – bairro Higienópolis, São Paulo. As inscrições devem ser feitas pelo telefone (11) 3826-7017, de segunda a sexta, a partir das 14h00. As próximas serão em: 16/09, 07/10, 28/10, 18/11 e 09/12 (todas, aos sábados

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