Em 1992 a Ponte Preta começou a jogar também com a bola nas mãos. Naquele ano, a Macaca formou um super-time de basquete pelo qual passaram atletas de Seleção como, entre outras, Ruth, Elena, Cíntia, Lígia, Sílvia, Cláudia, Ana Paula, Lucivera, Marimar, Adrienne, Fernanda, Roseli, Nádia, Helen, Paula, lena Bounatians , Karina, Magic Paula e a rainha Hortência. Não à toa, o basquete feminino pontepretano – comandado pela técnica Maria Helena Cardoso e a assistente Heleninha – conquistou dois campeonatos mundiais, o de 1993 e o de 1994 (naquele ano, por sinal, a Macaca venceu outros cinco torneios da bola laranja além da taça do mundo: Troféu Imprensa, Jogos Regionais, Jogos Abertos, Paulista e Brasileiro, somando 66 vitórias em 71 partidas disputadas). Para relembrar estes tempos de glória e homenagear as grandes lendas do basquete brasileiro, a Ponte Preta aproveitou a realização do Jogo das Estrelas, no último sábado, e presenteou 16 atletas com uma camisa alvinegra personalizada e uma mascote.
“Quisemos retribuir um pouco daquilo que elas fizeram pela instituição, levando o nome da Ponte para todo o mundo e deixando troféus e memórias maravilhosas para nossa torcida. Cada jogadora recebeu uma camisa com seu nome e o número 93 nas costas, em referência ao ano do primeiro mundial, além de uma macaquinha-símbolo para levarem consigo. Não podíamos deixar passar em branco esta oportunidade de dar um pouco do carinho do time a elas, que tanto fizeram pela Ponte”, diz Eduardo Lacerda, diretor de Marketing pontepretano.
A homenagem aconteceu no intervalo e as campeãs foram ovacionadas pelas cerca de 2,5 mil pessoas presentes, que aplaudiram de pé. “É muito bacana, só o basquete proporciona isso. Reencontramos uma família que foi formada há anos atrás, mas que tem muito carinho e se preocupa um com o outro”, disse Ruth, campeã com a Ponte Preta e com a seleção brasileira em 1994.
Jogo das Estrelas
O Jogo das Estrelas da temporada 2015/2016 da Liga de Basquete Feminino (LBF) foi realizado no Ginásio do Taquaral, com os elencos dos times definidos em um sorteio. Um dos tomes teve Hortência como madrinha e o outro, Paula, sendo que todas as ex-jogadores campeãs mundiais pela seleção brasileira em 1994, na Austrália, ficaram no banco de reservas.
As 24 atletas do Jogo das Estrelas foram separadas em duplas por posição e o time “da Paula” foi comandado pelos técnicos Antônio Carlos Vendramini (Corinthians/Americana) e Arilza Coraça, do Santo André – a equipe contou com quatro representantes do Sampaio Corrêa Basquete, três do Corinthians, duas do Santo André, e uma do América de Recife, do Presidente Venceslau e do Maranhão Basquete. A equipe “da Hortência” teve como treinadores Lisdeivi Pompa, do Sampaio Corrêa, Carlos Lima, do Maranhão, e Flávio Prado, do Presidente Venceslau. No elenco, quatro atletas do América, três do Maranhão, duas do Sampaio Corrêa, duas do Corinthians e uma do Presidente Venceslau.
Dentro da quadra, o Time Rainha Hortência derrotou o Time Magic Paula por 79 a 78. As cestinhas da partida foram Iziane e Nádia, com 20 pontos cada uma. Nádia ainda foi eleita MVP (melhor jogadora).