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domingo, outubro 19, 2025
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Geração internet ‘autodidata’ em inglês

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Jovens tropeçam na entrevista para o primeiro emprego por não terem o domínio oral do idioma

O inglês fluente é condição sine qua non hoje em dia na hora de disputar uma vaga no concorrido mercado de trabalho. A globalização trouxe a necessidade de estabelecer contatos cada vez mais freqüentes com o resto do mundo e o idioma passou a ser obrigatório. No entanto, muitos jovens da geração internet, que hoje começam a disputar as vagas para estágio ou para trainee, tiveram o primeiro contato com a língua inglesa desde crianças pela web, seja por vídeogames, seja por outros interesses específicos de cada fase da infância e da adolescência. Conclusão: muitos deles entendem perfeitamente o que lêem, e até escrevem razoavelmente, porém, não conseguem destravar a língua, ou seja, não se expressam de forma clara por falta de vocabulário, de conhecimento mais aprofundado da gramática, ou por erros na pronúncia.

Esses “autodidatas” normalmente tropeçam feio na hora de enfrentar uma das mais temidas barreiras para a conquista de uma vaga: a entrevista em inglês. Quando se vêem cara-a-cara com o entrevistador, o pânico se instala. Embora compreendam perfeitamente as perguntas, não conseguem responder. Muitos até que tentam, mas a pronúncia é um desastre e, no primeiro vacilo, vai tudo por água abaixo.

No entanto, soltar a língua e corrigir a pronúncia é possível. As opções são várias e dependem de cada caso. O coordenador acadêmico, do Centro Cultural Brasil Estados Unidos, de Campinas, Henry Grant, relaciona algumas das situações encontradas entre os jovens e dá orientações de como proceder em cada caso.

Vocabulário e expressões específicas: Com exceção de questões específicas de informática e computação, normalmente, os temas que estes jovens procuraram na internet tenderão a ser diferentes daqueles que deverão enfrentar na entrevista. Portanto, um aspecto para o qual este jovem terá que estar preparado é dominar o vocabulário que precisará para responder às questões colocadas pelo entrevistador: experiência acadêmica e profissional, conhecimento da empresa, expectativas futuras, suas habilidades. O desenvolvimento do vocabulário pode ainda fazer uso de textos da internet. Para trabalhar suas respostas específicas, poderá procurar um curso em pequenos grupos para entrevistas ou, melhor ainda, aulas individuais. Se o jovem tiver um nível de inglês que o permita interagir em situações específicas, e uma certa facilidade de auto-estudo e com a aprendizagem de inglês, esta parte poderá ser de aproximadamente 20 a 30 horas de estudo.

Pronúncia: A leitura de textos na internet não dá aos jovens a pronúncia apropriada. Quando se aprende pela leitura solitária e silenciosamente, tende-se a reproduzir os sons da língua materna. Por exemplo: o som de it passa a ser lido como se fosse each ou repete-se sons que julgar similares ao do inglês, sem perceber que o inglês tem sons diferentes para letras semelhantes. Por exemplo: read, que tem uma pronúncia no presente e outra no passado.

Neste caso, quanto mais tempo a pessoa convive com seus erros de pronúncia, mais difícil será corrigi-los e mais provavelmente necessitará de um acompanhamento mais individualizado. Isto não é coisa para fazer em curtíssimo tempo – portanto comece já.

Mesmo já conhecendo o vocabulário e a gramática, para se chegar à pronúncia razoavelmente correta no inglês de forma geral, pode levar de 100 a 200 ou 300 horas. Para alguns, até mais. Existem métodos em fitas, CDs de áudio, CD-ROMS e provavelmente cursos de ou com pronúncia na internet. A questão é que se a pessoa estiver tentando reproduzi-lo de forma incorreta, o que é muito freqüente, quem é que perceberá o erro e indicará o correto se ela estiver estudando sozinha? Estes métodos podem ser úteis para auto-estudo e por apressarem a aprendizagem, porém um professor que avalie e interfira o mais rápido e preciso possível normalmente é imprescindível.

Digamos que um jovem tenha inglês de nível de vocabulário e gramática de pré-intermediário, mas com problemas específicos de pronúncia. Uma preparação específica da pronúncia dirigida para cerca de 30 perguntas previamente escolhidas, com a ajuda de um professor particular, pode ser feita em cerca de 20 a 30 horas se a pessoa tiver uma habilidade acima da média para aprender a pronúncia, em cerca de 40 a 60 horas para habilidade média e bem mais se tiver dificuldade em lidar com a aprendizagem deste aspecto da língua.

Gramática: A aprendizagem da gramática pode ser grandemente facilitada pela leitura, através daquilo que chamamos de ‘aquisição de uma língua estrangeira’. Porém, o simples acesso a frases corretas não significa que este jovem estará numa posição para utilizar a gramática de forma correta com espontaneidade quando necessita. O auto-estudo da língua pela leitura é muito valioso quando se tem o domínio mínimo do oral.

Para qualquer pessoa que já tenha um certo domínio da língua, e deseje desenvolver a sua habilidade para a situação específica de entrevistas e no tempo mais rápido possível, o primeiro passo é uma avaliação de quais áreas precisam ser desenvolvidas, e qual o nível de inglês necessário para conseguir a vaga, e depois trabalhar os pontos fracos. Quanto ao domínio da língua inglesa para aquilo que terá que fazer depois da entrevista: bem isto é outro programa de estudo! Hoje em dia conseguir o emprego não é tudo – precisamos estar preparados para mantê-lo!

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