A imigração teve início no começo do século XX, um acordo entre os governos do Brasil e do Japão. O Brasil abriga a maior população japonesa fora do Japão, são cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Desde o final do século XIX o país japonês vivia em uma crise demográfica, a mecanização da agricultura ganhou força e a pobreza passou a assolar o campo e as cidades ficaram saturadas. As vagas de emprego estavam desaparecendo, deixando uma massa de trabalhadores rurais miseráveis. Já no Brasil, estava faltando mão-de-obra na zona rural. Com a eclosão da I Guerra Mundial, os japoneses foram proibidos de imigrar para os EUA, eram mal-tratados na Austrália e no Canadá. O Brasil aceitou os imigrantes para trabalhar nas áreas ruais do pais.
Os japoneses puderam contar com o incentivo de seu governo para imigrarem para o solo brasileiro. O governo queria expandir a etnia japonesa para outros lugares do mundo e que a cultura japonesa fosse enraizada nas Américas.
A maioria tinha a pretensão de enriquecer e retornar para o Japão em, no máximo, três anos. Mas submetidos a horas de trabalho, o imigrante tinha um salário baixíssimo e o preço da passagem era descontado do salário. Em pouco tempo as dívidas se tornavam quase impagáveis e o sonho de juntar qualquer quantia que fosse já deixava de existir. Através de um sistema de parceria com os fazendeiros, muitos japoneses conseguiram comprar seus primeiros pedaços de terra. A ascenção social no Brasil resultou, para a grande maioria dos imigrantes, a permanência definitiva no país até os dias de hoje.
Os japoneses têm um bairro em São Paulo, voltado inteiramente à cultura japonesa, o bairro da Liberdade. A decoração das ruas, as lojas e as famílias que moram lá, lembram muito o país deixado para trás por tantos imigrantes.
Julia Teixeira