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sexta-feira, setembro 20, 2024

Proteção da CoronaVac em pessoas com comorbidade é superior a 90%, indicam dados preliminares de estudo de Manaus

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Outro indicador relevante é que, entre os vacinados, 91% apresentaram anticorpos detectáveis após tomarem a 1ª dose, e 99,8% após a 2ª dose. 

 

 

Informações preliminares do estudo CovacManaus, realizado na capital amazonense, demonstram que a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, proporciona uma proteção contra a Covid-19 superior a 90% em pessoas com comorbidades. A pesquisa está analisando 5 mil profissionais de educação e da segurança pública da rede estadual lotados em Manaus, com idade entre 18 e 49 anos, para entender se a aplicação da vacina em quem tem comorbidade impacta na prevenção de formas graves da Covid-19.

Até agora, do total de voluntários vacinados, somente 2,6% teve infecções causadas pelo SARS-CoV-2. O índice de hospitalizações pela doença foi de 0,1%, e o de admissões em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foi de 0,04%. Um óbito foi confirmado, configurando uma porcentagem de 0,02% da amostra. Ou seja, a efetividade da CoronaVac foi superior a 97% contra infecções, hospitalizações, internações em UTI e mortes. Outro indicador relevante é que, entre os vacinados, 91% apresentaram anticorpos detectáveis após tomarem a 1ª dose, e 99,8% após a 2ª dose.

Para a equipe de pesquisadores, os dados são positivos e reforçam a importância da imunização. “É importante lembrar que a população vacinada no estudo é de pessoas que apresentam comorbidades, portanto esperávamos uma quantidade maior de infectados, hospitalizados e óbitos entre esses mais de 5 mil participantes”, destaca o médico infectologista da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), especialista em saúde pública do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e coordenador da pesquisa, Marcus Lacerda.

Entre as principais comorbidades apresentadas pelos voluntários estão obesidade (72%), diabetes (54%), hipertensão arterial (36%) e imunossupressão (27%).

O estudo já finalizou seis meses de acompanhamento e agora entra na fase de monitoramento. De acordo com Marcus, as próximas etapas consistem na coleta de exames, conforme agendamento, e ajudarão a entender, por exemplo, se há a necessidade de fazer reforço vacinal.

Também coordena a pesquisa a médica infectologista da FMT-HVD e pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Maria Paula Mourão. O estudo conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam); doação das vacinas pelo Instituto Butantan; e parceria da UEA, das secretarias estaduais de Saúde, de Educação e Desporto e de Segurança Pública, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, do ILMD/Fiocruz Amazônia e da Prefeitura de Manaus.

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