A Frente Nacional dos Prefeitos se reuniu a portas fechadas na manhã desta terça-feira, em Campinas. O segundo dia do evento na cidade foi voltado aos vencedores dos pleitos municipais de todo o Brasil. Marcelo Crivella, do PRB, do Rio de Janeiro, e João Doria, do PSDB, de São Paulo, estiveram no encontro.
Para os prefeitos eleitos das duas maiores capitais do País, o momento é de buscar saídas para a crise. Questionado sobre a influência da situação financeira no Governo do Estado, Crivella se disse otimista. Segundo ele, o município tem condições de manter os cofres em ordem e de arcar com o pagamento do carnaval.
Já João Doria, aponta a melhora na arrecadação e o maior envolvimento dos municípios com o Governo Federal. Ele afirma que a questão mais sensível envolve os tributos e a contenção de gastos em diversas áreas da gestão. Como exemplo, informou que tem a intenção de reavaliar as gratuidades no transporte público da capital paulista.
Voltada aos prefeitos que estão encerrando o mandato, a reunião desta segunda-feira focou o fechamento das contas. Neste caso, a partilha dos 50 bilhões de reais da multa de repatriação foi debatida e deve ser levada ao STF. Os municípios querem uma fatia maior do dinheiro, levado ilegalmente para fora do país e que agora volta aos cofres públicos.
Municípios fortes
Anfitrião dos prefeitos nesta segunda e terça-feira, o chefe do Executivo de Campinas, Jonas Donizette (PSB), defendeu a bandeira do fortalecimento dos municípios. “O povo brasileiro paga muito imposto. E pouco deste imposto fica nas cidades. E é na cidade que o prefeito tem que lidar com a demanda da população”, afirma Donizette.
Ainda segundo o prefeito de Campinas, um dos pedidos que será feito ao governo federal é para aumento dos repasses da saúde. “Uma UPA(Unidade de Pronto Atendimento) custa R$ 1 milhão, e o governo federal repassa R$ 300 mil. E muitas vezes este recurso não é repassado”.