
Os centros de saúde de Campinas realizaram de 10 de maio até 22 de agosto três vezes mais teleatendimentos (atendimentos a distância, por telefone) do que atendimentos presenciais. Foram 142.644 teleatendimentos e 47.745 atendimentos presenciais de sintomáticos respiratórios.
Esta modalidade de atendimento foi adotada por causa da pandemia com o objetivo de evitar aglomeração, fazendo com que pacientes e profissionais de saúde fiquem menos expostos ao vírus. Os pacientes tiram dúvidas e falam com os profissionais de saúde sem sair de casa.
O teleatendimento é feito de maneira ativa: os profissionais ligam para os pacientes ou pode ser espontâneo, quando a unidade recebe a ligação. O atendimento é multiprofissional e todos os profissionais participam, inclusive os Agentes Comunitários de Saúde.
Todos os 66 centros de saúde têm o teleatendimento. Os telefones são os dos próprios centros de saúde. Os tablets das unidades de saúde receberam chips para fazer ligações para que as linhas dos centros de saúde não fiquem congestionadas.
“Quando começou a pandemia, nós achamos que se comunicar remotamente era uma medida importante. Então, cada um dos tablets distribuídos anteriormente aos agentes comunitários de saúde recebeu um chip. Dessa forma, houve um aumento na comunicação e, por isso, foi possível realizar o trabalho. Importante lembrar que não são usados apenas os tablets, mas também a linha telefônica normal”, explica o secretário de Saúde Carmino de Souza.
A periodicidade de atendimento varia em cada caso. Pode ser diário ou semanal, por exemplo.
Um dos próximos passos avaliados pela Secretaria de Saúde é a criação de grupos online de gestante ou de dieta, por exemplo. Assim, por ferramentas como o whatsApp, os pacientes, além de receberem orientações, poderão interagir entre si.
“Os teleatendimentos são feitos seguindo um roteiro. Há um para os sintomáticos respiratórios, outro para os diabéticos e outro para os cardiopatas. Cada caso é abordado de uma maneira”, disse o prefeito de Campinas, Jonas Donizette.
Após o atendimento inicial, havendo necessidade, o caso é discutido com a equipe e pode gerar consulta presencial ou exame.