Estabelecimento no Campo Belo foi interditado; polícia identificou outros 26 pontos de venda na região
Por Sandra Venancio – Foto Reprodução
Uma dona de adega foi presa em Campinas nesta segunda-feira (13), suspeita de comprar e revender bebidas destiladas falsificadas. O estabelecimento, localizado no bairro Campo Belo, foi interditado após ser identificado em uma lista de compradores obtida pela polícia durante uma operação na semana passada, que apreendeu bebidas adulteradas em um depósito clandestino no mesmo bairro.
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Durante a fiscalização, cerca de 20 garrafas de uísque e gim foram apreendidas e enviadas à Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que confirmou a falsificação. O material será encaminhado à Polícia Científica, que vai determinar se há presença de metanol nas amostras — substância altamente tóxica e responsável por intoxicações recentes no estado de São Paulo.
Segundo o delegado Sandro Jonasson, a comerciante alegou desconhecimento sobre a origem das bebidas e afirmou ter comprado as garrafas há cerca de um mês.
A mulher será submetida a audiência de custódia nesta terça-feira (14), que decidirá se ela continuará presa ou responderá ao processo em liberdade.
De acordo com a investigação, o local era o primeiro da lista de 27 compradores identificados a partir da operação anterior. As cidades de Campinas, Valinhos, Vinhedo e outras da região estão entre os pontos de revenda monitorados pela polícia.
Na ação da última quinta-feira (9), os agentes encontraram cerca de mil vasilhames de bebidas destiladas falsificadas no Campo Belo. Uma garrafa de uísque que custa R$ 800 no mercado formal era vendida por R$ 120 nas revendas clandestinas.
Risco à saúde — entenda o perigo do metanol
- O metanol é um álcool tóxico que pode causar cegueira, convulsões e morte, mesmo em pequenas quantidades.
- Não há diferença visível ou de sabor em relação ao etanol (álcool comum), o que aumenta o risco.
- Sintomas de intoxicação incluem dor de cabeça intensa, náusea, visão turva, falta de coordenação e confusão mental.
- Quem suspeitar de consumo de bebida adulterada deve procurar atendimento médico imediato e levar a embalagem para análise.
- Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 181 (Polícia Civil) ou pelo Procon-SP.