A resposta oficial do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) à revista britânica The Economist expõe um embate crescente entre o governo Lula e setores da grande mídia internacional, que buscam deslegitimar a atuação diplomática do presidente brasileiro. A carta, assinada pelo chanceler Mauro Vieira, critica a narrativa de perda de relevância internacional e “hostilidade” ao Ocidente, apontando para uma tentativa de manipulação da opinião pública global.
A publicação da revista britânica The Economist, que classificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “cada vez mais hostil” ao Ocidente e sugeriu um isolamento diplomático do Brasil, gerou uma resposta dura do Itamaraty. Segundo a carta enviada ao veículo, a reportagem reflete uma visão parcial e distorcida da política externa brasileira, que tem adotado uma postura independente e plurilateral em um mundo multipolar.
Especialistas e analistas políticos veem a reação do Itamaraty como parte de um movimento maior para afirmar a soberania do Brasil diante de pressões externas e narrativas midiáticas dominantes, que frequentemente tentam enquadrar governos progressistas latino-americanos como desafiadores do “status quo” global.
O Brasil, sob Lula, tem fortalecido relações com países emergentes e buscado ampliar sua voz em fóruns multilaterais, ao mesmo tempo em que mantém diálogo aberto com potências ocidentais. Essa postura desafia a tradicional visão hegemônica e provoca resistências, como a refletida na reportagem da The Economist.
A diplomacia brasileira, conforme ressaltado pelo chanceler Mauro Vieira, privilegia o respeito mútuo, o desenvolvimento sustentável e a justiça social como pilares de sua agenda internacional — pontos que a reportagem britânica não considerou adequadamente.
Analistas apontam que o confronto midiático evidencia o choque de interesses geopolíticos e econômicos que marcam o atual momento global, com o Brasil assumindo uma posição mais autônoma e crítica frente a blocos tradicionais.